FEOCROMOCITOMA
Marcadores: Patologia Sistêmica, Sistema Endócrino
INTRODUÇÃO
O feocromocitoma é uma neoplasia rara das células cromafins da medula da glândula supra-renal. Apesar de raro, esse tumor é uma das principais causas de hipertensão arterial sistêmica secundária, pois ele sintetiza e secreta catecolaminas.
O feocromocitoma é conhecido como o tumor dos "10", já que geralmente obecede a uma regra:
1. 10% dos feocromocitomas estão relacionados a uma das síndromes familiares citadas abaixo:
a) Síndrome MEN 2A (Síndrome de Sipple): carcinoma medular da tireóide, FEOCROMOCITOMA e hiperplasia das paratireóides.
b) Síndrome MEN 2B: carcioma medular da tireóide, FEOCROMOCITOMA, neuromas mucosos e características marfanóides.
c) Síndrome de von Hippel-Lindau: cistos renais, hepáticos, pancreáticos e epididimais; carcinoma de células renais, FEOCROMOCITOMA, angiomatose e hemangioblastoma cerebelar.
d) Síndrome de von Recklinghausen: neurofibromatose, manchas cutâneas café-com leite, schwanomas, meningiomas, gliomas e FEOCROMOCITOMA.
e) Síndrome de Sturge-Weber: hemangiomas cavernosos na distribuição do nervo trigêmeo e FEOCROMOCITOMA.
2. 10% dos feocromocitomas estão localizados fora das supra-renais, estando localizados nos órgãos de Zuckerkandl e nos corpos carotídeos. 3. 10% dos feocromocitomas não familiares são bilaterais.4. 10% dos feocormocitomas são biologicamente malignos. 5. 10% dos feocromocitomas nas supra-renais aparecem no infante.
MACROSCOPIAOs feocromocitomas podem se apresentar como lesões pequenas de até 01 grama, até lesões grandes com 4000 gramas. O tumor é geralmente bem delimitado por uma cápsula de tecido conjuntivo ou por uma pseudo-cápsula formada por tecido medular ou cortical comprimido. Aos cortes, apresenta superfície trabeculada, formando um padrão lobulado, de cor pardo-amarelada, nas lesões menores, ou avermelhada, nas lesões maiores, indicando hemorragia ou necrose.
O feocromocitoma é conhecido como o tumor dos "10", já que geralmente obecede a uma regra:
1. 10% dos feocromocitomas estão relacionados a uma das síndromes familiares citadas abaixo:
a) Síndrome MEN 2A (Síndrome de Sipple): carcinoma medular da tireóide, FEOCROMOCITOMA e hiperplasia das paratireóides.
b) Síndrome MEN 2B: carcioma medular da tireóide, FEOCROMOCITOMA, neuromas mucosos e características marfanóides.
c) Síndrome de von Hippel-Lindau: cistos renais, hepáticos, pancreáticos e epididimais; carcinoma de células renais, FEOCROMOCITOMA, angiomatose e hemangioblastoma cerebelar.
d) Síndrome de von Recklinghausen: neurofibromatose, manchas cutâneas café-com leite, schwanomas, meningiomas, gliomas e FEOCROMOCITOMA.
e) Síndrome de Sturge-Weber: hemangiomas cavernosos na distribuição do nervo trigêmeo e FEOCROMOCITOMA.
2. 10% dos feocromocitomas estão localizados fora das supra-renais, estando localizados nos órgãos de Zuckerkandl e nos corpos carotídeos. 3. 10% dos feocromocitomas não familiares são bilaterais.4. 10% dos feocormocitomas são biologicamente malignos. 5. 10% dos feocromocitomas nas supra-renais aparecem no infante.
MACROSCOPIAOs feocromocitomas podem se apresentar como lesões pequenas de até 01 grama, até lesões grandes com 4000 gramas. O tumor é geralmente bem delimitado por uma cápsula de tecido conjuntivo ou por uma pseudo-cápsula formada por tecido medular ou cortical comprimido. Aos cortes, apresenta superfície trabeculada, formando um padrão lobulado, de cor pardo-amarelada, nas lesões menores, ou avermelhada, nas lesões maiores, indicando hemorragia ou necrose.
Feocromocitoma. Referência:http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Adrenal_paraganglioma_clinical_Pheochromocytoma.jpg
Superfície de corte de feocromictomas mostrando áreas hemorrágicas. Referência: http://www.lmp.ualberta.ca/resources/pathoimages/Images-G/000p042k.jpg
Feocromocitoma: a superfície de corte mostra áreas de necrose, hemorragia e formações císticas. Referência: http://www.webpathology.com/image.asp?case=83&n=1
Feocromocitoma: a superfície de corte mostra áreas de necrose, hemorragia e formações císticas. Referência: http://www.webpathology.com/image.asp?case=83&n=1
Síndrome de von Recklinghausen: neurofibromas periportais (pontas de setas) e feocromocitomas bilaterais (setas) em um homem de 44 anos com hipertensão arterial sistêmica incontrolável. Referência:http://www.gfmer.ch/genetic_diseases_v2/gendis_detail_list.php?cat3=1634
Feocromocitoma. Superfície de corte. Referência:http://www.ispub.com/journal/the_internet_journal_of_surgery/volume_7_number_2_11/article/laparoscopic_adrenalectomy_by_the_transperitoneal_approach_and_typical_complications
_own_experience_and_review_of_current_literature.html
Feocromocitoma. Superfície de corte. Referência:http://www.ispub.com/journal/the_internet_journal_of_surgery/volume_7_number_2_11/article/laparoscopic_adrenalectomy_by_the_transperitoneal_approach_and_typical_complications
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MICROSCOPIA
A histologia dos feocromocitomas é extremamente variável. Os tumores são compostos por células cromafins (principais) de formato poligonal ou fusiforme, aglomeradas em ninhos com as células de sustentação denominadoszellballen, os quais são envolvidos por uma rede vascular.
O citoplasma das células é finamente granular, o que pode ser demonstrado por colorações de prata, que coram os grânulos de catecolaminas. Os núcleos são redondos ou ovais, apresentando uma cromatina em padrão pontilhado, parecendo "sal e pimenta", característica dos tumores neuroendócrinos.
Em geral as células do feocromocitoma apresentam características benignas. No entanto, podem existir células atípicas, pleomorfismo celular, céulas gigantes e figuras de mitose.
À microscopia eletrônica, pode ser visto um número variável de grânulos eletrodensos, cercados por uma mebrana, representando as catecolaminas.
A histologia dos feocromocitomas é extremamente variável. Os tumores são compostos por células cromafins (principais) de formato poligonal ou fusiforme, aglomeradas em ninhos com as células de sustentação denominadoszellballen, os quais são envolvidos por uma rede vascular.
O citoplasma das células é finamente granular, o que pode ser demonstrado por colorações de prata, que coram os grânulos de catecolaminas. Os núcleos são redondos ou ovais, apresentando uma cromatina em padrão pontilhado, parecendo "sal e pimenta", característica dos tumores neuroendócrinos.
Em geral as células do feocromocitoma apresentam características benignas. No entanto, podem existir células atípicas, pleomorfismo celular, céulas gigantes e figuras de mitose.
À microscopia eletrônica, pode ser visto um número variável de grânulos eletrodensos, cercados por uma mebrana, representando as catecolaminas.
Feocromocitoma (menor aumento). Referência: http://anatpat.unicamp.br/
Feocromocitoma (maior aumento). Referência: http://anatpat.unicamp.br/Feocromocitoma: destaque para o ninho de células (zellballen).
Referência: http://anatpat.unicamp.br/
Feocromocitoma: muitas células possuem semlhança com neurônios, pois as células da camada medular da supra-renal, onde este tumor se origina, são homólogias a neurônios simpáticos e secretam catecolaminas. Referência:http://anatpat.unicamp.br/
Feocromocitoma: grânulos neurosecretórios com catecolaminas.
Referência:http://library.med.utah.edu/WebPath/ENDOHTML/ENDO072.html
Feocromocitoma (maior aumento). Referência: http://anatpat.unicamp.br/Feocromocitoma: destaque para o ninho de células (zellballen).
Referência: http://anatpat.unicamp.br/
Feocromocitoma: muitas células possuem semlhança com neurônios, pois as células da camada medular da supra-renal, onde este tumor se origina, são homólogias a neurônios simpáticos e secretam catecolaminas. Referência:http://anatpat.unicamp.br/
Feocromocitoma: grânulos neurosecretórios com catecolaminas.
Referência:http://library.med.utah.edu/WebPath/ENDOHTML/ENDO072.html
COMPORTAMENTO BIOLÓGICOO feocromocitoma é um tumor imprevisível. Não existe nenhuma característica histológica que possa predizer o comportamento clínico do tumor. Conseqüentemente, o diagnóstico definitivo de malignidade é fundamentado exclusivamente na presença de metástases, que podem envolver linfonodos regionais, fígado, pulmões e ossos.
Microscopia do Feocromocitoma. Comportamento biológico: a) padrão sólido; b) crescimento irregular e núcleos pleomórficos; c) padrão neuroblastoma-símile; d) invasão capsular e angiolinfática (corado com cromogranina A). Referência:http://www.nature.com/modpathol/journal/v17/n9/fig_tab/3800160f1.html
Metástase de Feocromocitoma em pulmão. Referência:http://www.ispub.com/journal/the_internet_journal_of_surgery/volume_7_number_2_11/article/laparoscopic_adrenalectomy_by_the_transperitoneal_approach_and_typical_complications
_own_experience_and_review_of_current_literature.html
Metástase de Feocromocitoma em pulmão. Referência:http://www.ispub.com/journal/the_internet_journal_of_surgery/volume_7_number_2_11/article/laparoscopic_adrenalectomy_by_the_transperitoneal_approach_and_typical_complications
_own_experience_and_review_of_current_literature.html
IMUNOISTOQUÍMICA
Esses tumores podem ser corados pelos marcadores neuroendócrinos (cromogranina e sinaptofisina) em suas células principais, e pelo S-100 em suas células periféricas de sustentação.
PLOIDIA
Curiosamente, estudos indicam que os feocromocitomas com células diplóides possuem pior prognóstico, pois os pacientes desse grupo apresentam mais metástases em comparação com aqueles em que o tumor apresenta aneuploidia ou tetraploidia.
GENÉTICA E CITOGENÉTICA
Perdas alélicas nos cromossomos 1, 3, 17 e 22 têm sido encontradas nos casos esporádicos e familiares dos feocromocitomas. Os genes envolvidos são:
1. Oncogene SDHB: localizado no comossomo 1. Mutações gênicas estão envolvidas com paraganglioma hereditário, paraganglioma não-familiar e feocromocitoma esporádico.
2. Gene Supressor de Tumor VHL: localizado no cromossomo 3. Mutações geram vários tipos de tumores, como tumores renais e feocromocitoma.
3. Oncogene RET: localizado no cromossomo 10. Envolvido nas Síndromes MEN 2A e 2B.
4. Oncogene SDHD: localizado no cromossomo 11. Envolvido em tumores de cabeça e pescoço e no feocromocitoma.
5. Oncogene NF1: localizado no cromossomo 17. Envolvido na neurofibromatose tipo 1.
PROGNÓSTICOO prognóstico é variável devido à imprevisibilidade de comportamento do tumor. A principal causa de morte do paciente advém das complicações cardíacas geradas pelo excesso de catecolaminas produzidas pelo tumor, levando o paciente a crises hipertensivas incontroláveis.
REFERÊNCIAS1. Robbins & Cotran. Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 7ª Edição 2005.
2. http://anatpat.unicamp.br/
3. http://atlasgeneticsoncology.org/Tumors/pheochromocytomaID5026.html
4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10974931
Esses tumores podem ser corados pelos marcadores neuroendócrinos (cromogranina e sinaptofisina) em suas células principais, e pelo S-100 em suas células periféricas de sustentação.
PLOIDIA
Curiosamente, estudos indicam que os feocromocitomas com células diplóides possuem pior prognóstico, pois os pacientes desse grupo apresentam mais metástases em comparação com aqueles em que o tumor apresenta aneuploidia ou tetraploidia.
GENÉTICA E CITOGENÉTICA
Perdas alélicas nos cromossomos 1, 3, 17 e 22 têm sido encontradas nos casos esporádicos e familiares dos feocromocitomas. Os genes envolvidos são:
1. Oncogene SDHB: localizado no comossomo 1. Mutações gênicas estão envolvidas com paraganglioma hereditário, paraganglioma não-familiar e feocromocitoma esporádico.
2. Gene Supressor de Tumor VHL: localizado no cromossomo 3. Mutações geram vários tipos de tumores, como tumores renais e feocromocitoma.
3. Oncogene RET: localizado no cromossomo 10. Envolvido nas Síndromes MEN 2A e 2B.
4. Oncogene SDHD: localizado no cromossomo 11. Envolvido em tumores de cabeça e pescoço e no feocromocitoma.
5. Oncogene NF1: localizado no cromossomo 17. Envolvido na neurofibromatose tipo 1.
PROGNÓSTICOO prognóstico é variável devido à imprevisibilidade de comportamento do tumor. A principal causa de morte do paciente advém das complicações cardíacas geradas pelo excesso de catecolaminas produzidas pelo tumor, levando o paciente a crises hipertensivas incontroláveis.
REFERÊNCIAS1. Robbins & Cotran. Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 7ª Edição 2005.
2. http://anatpat.unicamp.br/
3. http://atlasgeneticsoncology.org/Tumors/pheochromocytomaID5026.html
4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10974931
5. http://commons.wikimedia.org
6. http://www.lmp.ualberta.ca/resources/pathoimages/Images-G/000p042k.jpg
7. http://www.webpathology.com/image.asp?case=83&n=1
8. http://www.gfmer.ch/genetic_diseases_v2/gendis_detail_list.php?cat3=1634
9. http://www.ispub.com/journal/the_internet_journal_of_surger
10. http://library.med.utah.edu/WebPath/ENDOHTML/ENDO072.html
11.http://www.nature.com/modpathol/journal/v17/n9/fig_tab/3800160f1.html
6. http://www.lmp.ualberta.ca/resources/pathoimages/Images-G/000p042k.jpg
7. http://www.webpathology.com/image.asp?case=83&n=1
8. http://www.gfmer.ch/genetic_diseases_v2/gendis_detail_list.php?cat3=1634
9. http://www.ispub.com/journal/the_internet_journal_of_surger
10. http://library.med.utah.edu/WebPath/ENDOHTML/ENDO072.html
11.http://www.nature.com/modpathol/journal/v17/n9/fig_tab/3800160f1.html
Bruno Roberto da Silva Ferreira
Acadêmico de Medicina da UFC
Integrante da Liga de Patologia da UFC
Acadêmico de Medicina da UFC
Integrante da Liga de Patologia da UFC
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