domingo, 16 de dezembro de 2012

CID SC117-HAS SEGUNDARIA AO FEOCROMOCITOMA.

Especialidade CARDIOLOGIA.    
   Sub especialidade :
 HIPERTENSÃO ARTERIAL.
      Nome da Doença HAS SECUNDÁRIA AO FEOCROMOCITOMA
Aspectos Clínicos : Aspectos Clínicos: O feocromocitoma é um tumor raro. Estes tumores endócrinos se caracterizam pela produção de catecolaminas provenientes das células cromafins, norepinefrina e epinefrina. Algumas vezes, o feocromocitoma é causado por doença hereditária, a neoplasia endócrina múltipla, que induz o aparecimento de tumores na tireóide, paratireóide, e glândulas adrenais, aparece também na doença de von Hippel-Lindau e naqueles com neurofibromatose (doença de von Recklinghausen). Os sintomas podem variar entre indivíduos, os mais freqüentes são hipertensão, seja sustentada ou episódica, palidez, cefaleia  náuseas, ansiedade e sonolência. Como os sintomas podem ser semelhantes aos de outras doenças, a necessidade de um diagnóstico correto se faz presente. Uma das chaves importantes desses sintomas, que sugere o feocromocitoma, é o inicio súbito da sintomatologia. O feocromocitoma é responsável por aproximadamente 0,4-1% dos casos de hipertensão. Somente 15-20% dos pacientes com o tumor apresentam pressão normal. Quando presente, a hipertensão, em 90% dos casos, ocorre a conhecida tríade clássica: cefaléia, palpitações e sudorese. Os episódios hipertensivos podem ser súbitos e de curta duração ou duradouros. Os episódios súbitos geralmente duram menos de uma hora e podem ser freqüentes, ocorrendo várias vezes na semana, ou raros, poucas vezes ao ano. Em relação ao sexo, os episódios são mais freqüentes em mulheres e são desencadeados por estímulos físicos, emocionais ou farmacológicos (pressão abdominal, medo, fumo, histamina, glucagon, ingestão de alimentos ricos em tiramina, como, por exemplo, queijo e vinho). A hipertensão nem sempre é resolvida após remoção do tumor; assim, em aproximadamente 27 -38% dos casos a paciente permanece hipertensa. Aparentemente, os pacientes com episódios paroxísticos têm maior chance de retornar a um estado de normotensão, frente àqueles com episódios de maior duração. O controle da hipertensão arterial é sempre difícil nos pacientes com feocromocitoma, isto acontece quando o clínico enfrenta um paciente com hipertensão persistente. Em sua abordagem cirúrgica também é relevante já que, no momento da excisão do tumor, tende a ocorrer uma vasodilatação importante, com queda abrupta da pressão arterial que compromete, se não devidamente tratada, a perfusão de órgãos nobres.

Referências Bibliográficas
:
Guller, Ulrich; Turek, Joe; Eubanks, Steve; DeLong, Elizabeth R.; Oertli, Daniel and Feldman, Jerome M. Detecting Pheochromocytoma. Defining the Most Sensitive Test. Ann Surg 2006;243: 102–107.
Neumann. H.P.; Cybulla, M.; Shibata, H.; Oya, M.; Naruse, M.; Higashihara, E.; Terachi, T.; Ling, H.;Takami, H.; Shuin, T.; Murai, M. New genetic causes of pheochromocytoma: current concepts and the clinical relevance. Keio J Med. 2005 Mar;54(1):15-21.
Plouin, Pierre-François and Gimenez-Roqueplo, Anne-Paule. Pheochromocytomas and secreting paragangliomas. Orphanet Journal of Rare Diseases 2006, 1:49.

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