CRISE DO FEOCROMOCITOMA PROLONGADA.

                  Abro  e fecho os olhos com a esperança de acordar livre pelo menos da crise,  já tentei de tudo mas nada  muda, nada  apaga a dor do meu caminhar. Sei  que preciso continuar, mas como encontrar a tão força que todos dizem  que eu tenho?! Eu não sei aonde encontrar.  Está dificil, nada pior do que precisar ser forte quando a unica vontade é apagar e só acordar quando esse pesadelo acabar.  

      Resumo da minha crise ate aqui:

A aproximadamente há vinte e dois dias entrei em crise. Nos primeiros dias foram com dor abdominal no lado esquerdo com aumento da pressão associado. - a  dor foi controlada, mas a pressão continuou muito alta -. Foi feito reajuste das medicaçoes com melhora do quadro, mas no dia primeiro a minha filha ficou com a sua vida em risco e com o abalo emocional de socorro e vê-la mal, o quadro voltou  a se destabilizar. Dia 4 tive uma emergência medica, por cefaleia fortíssima, conseguiram controlar a dor e  fui para casa.  Entretanto a dor e os sintomas foram se agravando.  No dia 10 fui para uma medica que suspeitou de encefalopatia  hipertensiva e me orientou a controlar a pressão em nível hospitalar. No dia onze fui internada, eles conseguiram controlar a dor, porem a pressão se manteve alta, com agravamento no simples levantar - ocorria pico hipertensivos mais acentuados. - Quando estavam desmamando a medicação anti-hipertensiva venosa, tive uma perda muito grande, com isso pedir alta hospitalar em crise porem com o quadro de dor mais controlado.  Mesmo com o meu emocional abalado,  o quadro ficou inalterado, porem sem conseguir levantar - Ao ficar em pé tive grande mal estar e desmaio. - Ontem tive uma melhora, fiquei com os meus pequenos por um tempo, eles são o balsamo para o meu emocional. Mas em crise qualquer movimento mais acentuado provoca sintomas, eles foram embora quando eu comecei a enjoar e me sentir mal. A noite a pressão chegou a valores altíssimo, voltei a sentir dor, ontem amanheci com a cabeça explodindo, depois após muita medicação tive um melhora da dor, entretanto a minha pressão continuou muito alta.  Mas quando levantei a minha pressão caiu para 150/99, me deixando mal, depois de um espaço pequeno de tempo, voltou a subir.  Meus amorezinhos chegaram na minha casa gritando, desejando feliz dia da tia, e se jogaram no meu colo.  Peu falou "- Tia, vou agradecer a Deus pela sua saúde, eu te amo"- vindo de uma criança de 4 anos é lindo demais, me sinto viva.  A noite meu sobrinho que eu amo também como filho, me ligou desesperado " - tia, tia, tia. -" mal conseguindo falar, como gostaria de poder conforta-lo, mas as palavras faltaram, só conseguir dizer que o amava, - Outro sobrinho que a vida sempre maltratou demais. -.Enquanto a dor me permitir não voltarei para o hospital, se a dor se tornar intensa, não sei onde buscarei força para enfrentar tudo de novo. Hoje acordei com esperança de esta próximo do fim dessa crise. Sei que é crise e que em algum momento vai ceder, mas dessa fez está demorando demais,  a crise minha mais demorada foi em 2007 a qual demorou 54 dias, nessa época fiquei triste pensando que era o meu fim, depois disso vivi tantos momentos felizes, mas dessa fez a felicidade parece tão longe de mim. Mas quem sabe da minha vida é Deus. Enfim relatando como estou diante da crise do feocromocitoma.

Amigos. (as).