EMERGÊNCIA DE SANTY , EMERGÊNCIA MINHA. CRISE DO FEOCROMOCITOMA.

                         

Minha filha piorou de novo, forte cefaleia e mal estar. Não quis ir para o São Rafael como medo de fazer pulsão. O que foi o erro nosso leva-la para outro hospital. Ela ficou foi com muita dor, teve uma medica que teve a cara de pau de dizer que manda-se ela dormir para a dor passar. Nem preciso dizer que reagir e com menos de 30 minutos minha filha já tinha tomado tudo para dor. Logo apareceu uma neurologista. Gente tem medicas que nem parece que realmente fizeram medicina. Fiquei a noite toda com ela, dessa vez não quis nem sentar, permaneci a noite toda em pé e passei mal. Mas graças a Deus deixei ela em casa dormindo e meu sobrinho assumiu a situação.
                            
Cheguei no hospital muito mal, minha cabeça explodia e também com dor epigástrica, que hoje com certeza absoluta eu sei que é segundaria ao feocromocitoma, no passado essa dor epigástrica e sangramento me deixava muito mal, os médicos não sabiam do que se tratava, era exames e nada. Atualmente sei que se trata dos sintomas secundários do feocromocitoma, mas geralmente so ocorre em crises graves, como tinha suspendido as medicaçoes devido a hipotensão, talvez tem tido uma descarga maior adrenérgica. Mas os plantonistas achou que tinha outra causa, talvez porque tem sido a primeira vez que foi presenciado por eles. Peguei nessa noite um excelente medico. Era tanta a dor que terminei desmaiando e batendo a minha barriga do chão o que causou grande distensão e um pouco mais tarde tive um episodio de sangramento oral. A medico que entrou de plantão começou a dizer que era caso de hospital geral, nem preciso dizer como foi estressante. Imagine se neste hospital onde eles tem experiencia em lidar com minhas crises do feocromocitoma e consegue reverter, já é dificil, nem pensar em me submeter em passar tudo o que eu já passei no passado. E essa medica ainda me disse que não colocava tramal em bomba na emergência. Mas Deus é fiel, mas uma vez meu medico me ajudou e permitiu que eu tomasse medicação para dor na emergência como sempre fiz. Eu tenho certeza absoluta que o sangramento e a dor epigástrica é do feocromocitoma, em nenhum momento fiquei preocupada com estes sintomas, pois não é a primeira vez que os sinto. Tinha algum tempo que não tinha, acho que pode ter sido também pela queda ao desmaiar e bater o abdome causando mais descarga adrenérgica. Mas fora disse essa medica foi atenciosa o resto do tempo. Acho que essa é a maneira dela. Eu não tenho estrutura nenhuma de ser tratada em outro hospital. Só mesmo se foi um avc e la não tenha suporte necessário, mas pelo sintomas da minha propria doença, em uma crise de feocromocitoma, onde eles tem a capacidade de reverter, não tem logica.  Quanto ao sangramento e dor abdominal não vou perder meu tempo em exame, sabendo que se trata de sintomas secundários ao feocromocitoma. O dificil é os médicos entenderem.  Solicitei alta a pedido, não poderia deixar minha filha tanto tempo sem a mim, mas so sair quando a dor estava meio controlada. Ainda não sei se a crise do feocromocitoma passou, mas a hidratação e medicação para a dor é uma alivio divino, da um suporte para aguentar mas sofrimento.

A crise do feocromocitoma dessa vez evoluiu com hipotensão e hipertensão, creio que é porque essa crise já tem algum tempo. Ao colocar o niprid minha pressão despencava, ao tirar minha pressão estourava. Em casa ao usar anti-hipertensivo a pressão cai muito, e ao não usar sobe muito, por isso tenho que ser ainda mais cuidadosa. Tive muito receio de se tratar da crise do feocromocitoma que chamam de classe b, onde ocorre instabilidade. Nesse caso se trata de uma crise grave. Mas felizmente depois que começaram a me hidratar a situação foi sendo controlada. Sentir muita dor, mas nesse momento estou melhor.  Cheguei em casa e graças a Deus minha filha também melhorou.

                       

Esta sendo uma ano muito complicado, e neste últimos meses teve graves problemas familiares de saúde e ainda tive muitas perdas. Rogo a Deus para não perder a assistência medica que recebo, pois se la onde já tem quase 10 anos que superam as crises do feocromocitoma, é dificil, nem quero imaginar em outro hospital. A chance seria minima.  Mas Deus sabe de todas as coisas e sabe a qual ponto posso aguentar passar pelo calvário que eu e minha família estamos passando.

                         O que é crise do feocromocitoma e os tipos A e B.

Crise do feocromocitoma (CF), por definição, provoca alteração hemodinâmica e dano de órgãos-alvo, o que muitas vezes é reversível com o tratamento adequado, ou se a crise melhorar. A gravidade de apresentação pode variar no que diz respeito à estabilidade hemodinâmica e a extensão da disfunção de órgãos Relataram três casos de grave CF, que incluiu quatro componentes: falha  de múltiplos órgãos, hipertensão grave e / ou hipotensão, febre alta e encefalopatia. Newell denominou este grupo de crise de feocromocitoma com múltiplos acometimentos. Porém o critério mais aceito para classificar crises graves do feocromocitoma, são a presença de choque, hipotensão sustentada e disfunção de múltiplos órgãos causada pelos efeitos de excesso de catecolaminas. Febre alta e encefalopatia podem ser associadas com uma crise grave, mas não são obrigatórias. Alguns autores dividem as CF em A e B, no caso as crises do tipo A , se referem a sintomas relativamente limitados sem hipotensão sustentada.

A CF do tipo B descreve uma apresentação grave com hipotensão prolongada, choque e múltiplos órgãos com disfunção. As crises podem evoluir e não são estanques, assim pacientes com sintomas limitados podem progredir para crises do tipo B.

As crises do tipo A são de 2-4 vezes mais frequentes que as do tipo B;