Na segunda- feira, tive piora, liguei para meu medico que avisou a emergência, fui atendida na emergência de uma forma muito humana. A medica perfeita, as enfermagem com total carinho, respeito, atenção. Conseguiram pegar dois acesso venoso, um milagre. Foi colocada medicação, analgesia. tudo bom demais para ser verdade. Não conseguir dormir durante a noite, mas estava em paz. Fizeram analgesia que estavam ao alcance deles. Estava com minha filha que dormiu bem. Olhei para minha filha e disse a ela. Está vendo filha, Deus me fez conseguir o acesso sem sofrimento e veja como o atendimento esta perfeito. Ela olhou para mim e sorriu. Minha filha sofre de depressão e tem época que o cuidado tem que ser intenso. Não vou entrar em detalhes, mas tem época que é preciso vigilância. No dia seguinte ela tinha aceitado ir para casa, a minha funcionaria iria vim ficar comigo e meu sobrinho iria ficar de olho dela. Tudo certo, aparece meu medico, explica que iria me internar. Eu queria ficar internada, sair da crise, ter minha vida de volta. Mas ai ele completou que eu iria para uco e que minha filha não poderia ficar comigo e que só poderia estender os horários da visitas. Eu iria ficar sozinha. Na mesma hora sabia que não iria conseguir, primeiro minha filha quando eu fico no hospital sozinha ela fica trastornada. Na noite anterior eu tinha implorado ela para ir para casa, chorando ela me pediu para não tira-la de perto de mim. Eu deixei, mas exigir que ela tomasse o remédio e assim ela o fez. Tem vários casos de paciente em crise do feocromocitoma que sente, ansiedade extrema, angustia, e isso causa graves picos hipertensivos. No meu caso as vezes fico ansiosa, mas desse vez foi bem forte. Logico que em casa eu fico sozinha, saiu sozinha, tendo vida normal fora de crise, assim como minha filha tem vida normal. Em crise minha vida muda e a da minha filha também. Voltando ao medico eu fiquei de falar com minha filha, ela me prometeu que iria ficar bem etc. Seguir as orientações do meu medico com o coração apertado, disse ate a Santy, que a minha mente não iria mandar nas minhas atitudes. Logo depois eu iria saber que iria fracassar. Uma frase que me deixou muito triste foi escutar que precisava deixar minha filha viver. A minha doença prejudicou e muito a vida da minha filha. Mas em nenhum momento eu me fiz de vitima, pelo contrario, com dor ou não eu luto para que nada falte para ela. Eu dou tudo o que posso a ela. Somos amigas, nós amamos, e eu sempre a incentivei ela a viver. Deixe sua filha viver, foi naquele momento a mesma coisa de dizer a sua morte liberta a sua filha, ela não precisa mais se preocupar com você. Logico que eu pensei muitas vezes sobre isso, nós últimos dias eu estou muito debilitada, e eu cheguei a dizer a minha filha que se eu morrendo ela ficaria livre. Ela me disse mãe é minha morte que te libertaria. Eu luto para ela viver, não o oposto não deixar ela viver. Agora voltando ao assunto de internamento, eu subi para a uco, ela ficou comigo, comecei a sentir a dor de cabeça muito mais forte, tinham diminuído a dose do tramal. Mas estava aguentando. Estenderam a visita da minha filha ate 17 e 30. Minha filha não poderia sair esse horário por causa do engarrafamento. Então 17 horas minha filha foi embora. Ate que no começo eu pensei foi conseguir ficar sozinha. A dor foi piorando de intensidade, um lado da minha cabeça explodia de dor, as veias ficaram visível . Meu medico entrou no quarto, ficou de hidratar mais e aumentar a medicação para dor. Duas coisas que não ocorreram. E depois disso começou um barulho infernal. Era reforma em cima do leito que eu estava, martelada. Aquilo foi estimulando o tumor ainda mais, comecei a orar. Veio uma técnica e eu perguntei ate que horas iria o conserto. Ela disse deveria ser umas 18 horas. Logo depois que minha saiu ela ficou ligando o tempo todo, eu sentia a angustia dela. Foi outra coisa que me machucava, o não ter aguentado a dor em casa, prejudicando a minha filha. Depois entra uma técnica para suspender a grade, isso feito com grosseria, expliquei a ela que tinha que ter cuidado, por causa que não poderia estimular o abdome e ela fez com mais força ainda maior. Resumindo recebi uma carga grande de adrenalina e isso me fez piorar de vez. Minha filha já estava me ligando em 10 em 10 minutos, e eu pedi a ela para voltar para eu pedi alta. A unica coisa que não queria era ficar sozinha., naquele momento o meu medo venceu. A descida da grande e a forma que ela bateu a porta do quarto, me fez relembrar fatos passados na uti. Mas não creio que tem sido isso o medo, pois confio plenamente nesse hospital em relação a isso. Foi a descarga adrenérgica, sintoma do feocromocitoma. Minha filha chegou eu não estava bem, a pressão caiu de vez e foi a técnica que desligou um pouco as medicações, demorou um pouco para melhorar, minha filha estava comigo, pegou o saco para eu vomitar, pano molhado para colocar na cabeça, e quando o medico apareceu, explicamos a ele e ele me disse que minha filha so poderia ficar ate as 11 horas. Liguei também ao meu medico pedindo para ficar so aquela noite, Mas não foi possível. Fui me sentindo mais mal ainda. O plantonista desse noite, me deu Dramim, Profenid e religou o niprid. Toda a enfermagem da noite e esse plantonista fizeram o que estava ao alcance deles. Meu medico já tinha avisado que a minha filha não poderia permanecer. Não tenho nada a dizer de nada, nem de ninguém. Eu fui fraca, eu deixei o medo vencer. Depois eu não poderia nunca deixar minha filha sair 23 horas sozinha para casa. E solicitar alta a pedido, a hora que mais nós doeu foi retirar o acesso. Minha filha segurava o choro e eu fiquei relembrando que quando conseguiram pegar o acesso eu disse a ela que era a mão de Deus. Quando entramos no elevador começamos as duas a chorar. Eu estava sem forças, andava com muita dor, no carro a dor da cabeça explodiu. Cheguei em casa, e minha pressão estava nas alturas. Deitei e passei a noite em claro, vendo a minha filha chorar a noite toda. Ela acha que foi culpada. Mas não foi, eu não fiquei na fundação porque tive um dos sintomas que alguns pacientes relata em crise do feocromocitoma, ansiedade extrema. Se me perguntarem o que vou fazer da minha vida eu não tenho minima ideia. Entrego a Deus a minha vida e esse sofrimento. Estou cansada, muito cansada, muito triste, a dor física é algo dificil de aguentar no hospital, em casa é algo indescrevível. Mas é em Deus que me apego, é Deus que me fara aguentar. E Deus que me dirá o que esta acontecendo com minha vida. Deus tem misericórdia de mim e da minha filha. Esta dificil demais meu Deus.
Boa noite, querida amiga Mirtes!
ResponderExcluirDeus se apiede de vocês duas!
É uma via sacra o que estão vivendo com dor e na espera do milagre divino.
Sejam ambas felizes e abençoados junto aos seus amados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
🙏🙏🙏
Obrigada pelo carinho e amizade. Amém.
ExcluirQue triste, querida amiga! E essa foto aí em cima piora as coisas para nós que nada podemos fazer a não ser pedir por vocês! Dá vontade de chorar junto.
ResponderExcluirAmiga, vais ser atendida novamente, Jesus está com vocês.
Dê notícias!
Beijo / carinho.
Obrigada pelo apoio Tais.
ExcluirChore não amiga, sorria, pois quero ver as pessoas que gostamos felizes.Tenho enorme carinho por você e pelo Pedro. Como posso chegar la e dizer voltei para ser atendida. Outro hospital vou morrer, pois se la tive medo, em outro hospital vou sair pela janela, so brincando, que situação delicada. Preciso reagir. Tem horas que a dor da cabeça esta vindo tão forte que só mesmo me apegando a Deus.Parece que meu cranio esta sendo esmagando. Beijos amiga.