.Quais são as causas? Em 95% dos casos, a causa da hipertensão arterial (HA) é desconhecida, sendo chamada de HA primária ou essencial. Nesses pacientes, ocorre aumento da rigidez das paredes arteriais e a herança genética pode contribuir para o aparecimento da doença em 70% dos casos. Nos demais, ocorre a HA[hipertensão arterial] secundária, ou seja, quando uma determinada causa predomina sobre as demais, embora outras possam estar presentes.
É o caso da:
HA por doença do parênquima renal
HA renovascular: provocada por algum problema nas artérias renais. O rim afetado produz substâncias que elevam a pressão arterial
HA por aldosteronismo primário HA relacionada à gestação
HA relacionada ao uso de medicamentos; como corticosteróides, anti-concepcionais ou anti-inflamatórios HA relacionada ao feocromocitoma: tumor que produz substâncias vasoconstritoras que aumentam a pressão arterial, produzem taquicardia, cefaléia e sudorese HA relacionada a outras causas.
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pela aferição (medida) cuidadosa da pressão arterial em mais de uma oportunidade. As medidas devem ser obtidas em ambos os membros superiores e, em caso de diferença, utiliza-se sempre o braço com o maior valor de pressão para as medidas posteriores. A posição recomendada para a medida da pressão arterial é a sentada. A medida nas posições ortostática e supina deve ser feita pelo menos na primeira avaliação em todos os indivíduos e em todas as avaliações em idosos, diabéticos, portadores de disautonomias, alcoolistas e/ou em uso de medicação anti-hipertensiva. As medidas devem ser realizadas por profissionais experientes e usando um equipamento devidamente calibrado.
Os médicos usam a tabela abaixo para classificar a hipertensão:
Classificação da PA
|
PA sistólica (mmHg)
|
PA diastólica (mmHg)
|
Ótima
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<120
|
<80
|
Normal
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< 130
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< 85
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Limítrofe
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130-139
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85-89
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Hipertensão estágio 1
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140–159
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90–99
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Hipertensão estágio 2
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160-179
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100-109
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Hipertensão estágio 3
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> 180
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> 110
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Hipertensão sistólica isolada
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> 140
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< 90
|
O aumento contínuo da pressão arterial faz com que ocorram danos às artérias. Elas tornam-se mais espessadas e estreitadas, podem começar a ter placas de gordura aderidas a sua superfície, dificultando o fluxo sanguíneo. As artérias vão perdendo sua elasticidade, podendo entupir ou romper.
Essas complicações da hipertensão atingem mais freqüentemente o coração, cérebro, rins, olhos e artérias periféricas. Podendo levar ao infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas,acidente vascular cerebral, insuficiência renal, problemas oculares como diminuição da visão e alterações na retina ou problemas circulatórios.
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