Existem ainda algumas condições clínicas raras, ou que se mantêm controversas na literatura, ou ainda que apresentaram redução significativa do número de reações adversas com o advento dos contrastes iodados não-iônicos. Pacientes portadores de feocromocitoma podem apresentar elevação da concentração sérica das catecolaminas de modo imprevisível logo após a injeção de contrastes intravenosos. No nosso estudo, cerca de 16,5% apontaram esta condição clínica como fator de risco, havendo diferença estatisticamente significante quando comparadas as respostas de médicos residentes e assistentes, tendo os primeiros maior proporção de acertos (p = 0,014). No estudo de Konen et al.(5), o feocromocitoma foi apontado como condição de risco por 30% da amostra. Apesar do mínimo risco com o uso de meios de contraste não-iônicos, recomenda-se a administração prévia de bloqueador a-adrenérgico em todo paciente com suspeita de feocromocitoma(6).Há alguns casos reportados de exacerbação do quadro clínico de pacientes independentemente do agente utilizado(7,8). Apesar do avanço constante, com o advento de agentes cada vez mais seguros (não-iônicos, hipo-osmolares), que propiciam melhor tolerabilidade com menor número de reações adversas relacionadas ao seu uso, existem algumas condições que aumentam o risco de sua ocorrência. É esperado um mínimo conhecimento dos médicos solicitantes, no sentido de reconhecer as principais situações clínicas ligadas a eventos adversos relacionados aos contrastes iodados, contribuindo assim para evitá-los e proporcionando ao paciente um diagnóstico preciso e seguro.
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