quinta-feira, 16 de maio de 2019

RELATO DA EMERGÊNCIA MEDICA- CRISE DO FEOCROMOCITOMA.

                Resultado de imagem para Uma mulher sentindo tristeza
Eu estou bem triste, sei que preciso reagir, nem sinto vontade de mais lutar. Mas vai passar, é apenas uma fase. Depois de uma noite em claro, ainda tive a capacidade de cumprir meus compromissos, fui muito bem acolhida no exercito. Pessoas amigas perguntando se poderia me ajudar de alguma forma. É assim que Deus age, quando estamos no limite das nossas forças a gente percebe que tem pessoas que torcem pela gente. Hoje eu escutei muito você é uma guerreira, e a minha vontade foi responder que se era, hoje sou uma pessoa cansada, triste e sem forças que nem sei se consigo vencer essa batalha.
Agora relatando a emergência medica. Como todos sabem eu não queria ir para o hospital, não vou entrar em detalhes os motivos, mas uti não estava em meus planos. Eu sei os dias com dor que passei em casa, mas chegou um momento que não aguentei mais, a dor ficou forte demais. Na minha esperança iria ser igual da outra vez, iria ficar as doze horas, e a crise iria ceder e o acesso seria pego rápido. Dessa vez não foi assim, cheguei com dor intensa as 15 horas, começou uma luta para pegar o acesso venoso, com dor intensa, e ainda sendo furada sem sucesso. Peguei uma equipe boa tanto de médicos como de enfermagem. Depois de inúmeras tentativas da enfermagem, o anestesista veio tentar, um profissional muito atencioso e educado e disposto a ajudar, ficou quase uma hora tentando sem sucesso pegar um acesso, mas em nenhum momento percebi estresse da parte dele, pelo contrario sentir boa vontade. Ate aquele momento tinha dor física e a dificuldade de conseguir pegar o acesso, mas apesar disso estava tudo sobre controle. Minha filha abalada, logico normal diante da situaçao, mas ela estava calma. Mandaram chamar o angiologista, antes de mais nada não estou citando nome de ninguém. Ele já chegou falando, não me lembro nem de ter perguntando meu nome, ou simplesmente nos cumprimentado. Foi falando não pode ficar sim, porque não colocou outro portcath ? Isso o tempo todo. Foi algo estressante. Ele falava, falava, de verdade naquele momento não vejo motivo algum para algo assim, não era o momento certo. Tentou fazer uma tentativa de pegar o acesso que doeu muito, fui inume-as vezes pulsionada, em nenhuma tentativa sentir dor igual e para completar mandou pegar um guia para pegar o acesso com guia e ainda dizendo que iria talvez formar hematoma. A opção dele era essa ou dissecar uma veia. Logico que não permitir. Antes disso liga meu medico, fala comigo para aceitar que esse medico realiza-se o que ele quisesses. E para minha filha explicou a gravidade de eu ficar sem acesso venoso. Da parte do meu medico foi preocupação de uma piora devido ao meu quadro a falta de um acesso me causar a minha morte. Logo depois da saída do angiologista, eu fui tomando medicação oral e me sentindo melhor. Pedi a técnica de enfermagem Rosa para tentar pegar o acesso e de primeira ela conseguiu. Isso 19 horas da noite.  Foi um alivio ter a dor aliviada e a pressão controlada. Parte da noite foi acalmar a minha filha, dizendo a ela que a minha vida pertence a Deus, que em caso de emergência existe sim a opção de dissecar uma veia, pegar um pam, ou ate fazer tentativas guiada por doppler, mesmo que seja de madrugada os intensivistas tem experiencias em caso onde uma vida esteja em perigo eminente. E ela foi se acalmando. As 4 horas da manhã e eu pude dormir um pouco. Não estou dizendo com isso que não tenho intensão de colocar um portcath, talvez eu tenha deixado um pouco de lado devido os meus problemas pessoas e ate o medico angiologista que estava nesse hospital prologou um pouco a colocação de outro portcath, a infecção do dente também que ate agora eu não resolvi. Mas isso agora não vem ao caso. Pela manhã amanheci melhor, chamei minha filha e disse a ela que já tinha passado as 12 horas que é permitido ficar na emergência, que queria ir embora, depois desse tempo é necessário por norma internar o paciente, é algo que eu já estava ciente, e como não tinha intensão de ir para a uti, queria sair pela manhã. O medico que pegou o plantão me disse que iria esperar a medicação da dor o tramal que estava correndo, e  melhorar da dor de cabeça e depois iria vim ver se me daria alta ou esperaria mais um tempo.  E assim eu terminei ate dormindo mais um pouco, quando de repente sinto a dor no peito de novo forte, a pressão deu mais um pico hipertensivo, entra o medico na minha confiança e me diz ja se passou 12 horas agora é caso de internar na uti, eu pedi a ele uma hora ate melhorar para ir embora, e ele concordou. Eu não sei bem nem como tudo aconteceu depois, ele começou a falar, eu olhei para minha filha e queria sumir. Ela estava se sentindo mal minutos antes, a pressão dela estava muito alta, e quando ele começou a falar, eu pedi a Santy para se retirar. Ela sabia que eu queria a proteger mandando ela sair. O medico se chateou muito quando eu mandei minha filha sair, me questionou em relação a isso, e me disse que não iria falar mais nada. Depois disso acho que fui grossa. Minha filha retornou me perguntando o que ele tinha dito eu respondi nada, ele se chateou porque lhe mandei sair. Não faço ideia do que passou na cabeça dele o porque mandei você sair. Me sentir deslocada, não esperava essa reação e ate agora nem entendo. Quero deixar claro que tinha indicação de uti, foi recusa minha não ir. Foi devido a isso que precisava sair, pois a norma dessa hospital é ficar as 12 horas na emergência. Logo depois da saída do medico, entra uma técnica de enfermagem, eu estava tomando profenid e o niprid estava em 5. Ela me disse que eu estava de alta e que veio tirar o acesso. Eu calmamente disse a ela que eu iria esperar profenid acabar e quer pergunta-se ao medico se não poderia colocar o niprid em 2 para depois retirar, isso ganhando tempo para aguentar levantar. Tomei mas dois comprimido de atensina.  Mas uma vez tive que ver as lagrimas da minha filha descendo e ela dizendo é minha culpa e eu dizendo a ela é minha culpa lhe fazer passar por isso. Depois de um tempo tive uma nova melhora e minha filha foi falar com medico que ja tinha condições de ir embora e para nossa surpresa ele falou que eu não estava de alta e que meu medico tinha permitido ficar de 2  a 3 horas ate  melhorar ou  ir para a uti. Logico que aproveitei que minha pressão tinha dado uma queda e eu tive condições de sair e ir para casa. Assim se encerra mais uma emergência sofrida e dolorida.
Há 24 anos atras eu estava gravida de Santy, corria risco de vida, e mesmo assim eu lutei para que ela nascesse, ela é a coisa mais importante da minha vida. Não me vejo vivendo sem minha filha, cuidar, amar, proteger é uma missão de mãe, enquanto eu viver vamos lutar juntas uma pela outra. Te amo filha, você é o único motivo por ainda eu lutar pela minha vida. 



                             

                             
















9 comentários:

  1. Boa noite de paz e saúde, querida amiga Mirtes!
    Não sabe como sofro por você, pois não posso ficar alheia a tanta dor, a tanta dificuldade. Quando vejo pessoas reclamando de tão pouco, me recordo de sua doença e da de outros e não os entendo.
    Querida, Deus vai lhe ajudando a superar tudo. Ai de nós se não é a Ajuda do Alto!
    Tenha dias abençoados!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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  2. Sempre torcendo pela vida de vocês!
    Que Deus derrame uma porção nova das Suas provisões... Desejo, sobretudo, muita paz e força...
    Abração

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  3. Coitadinha da minha amiga!
    Que Deus a ajude, vai melhorar!
    Beijo pra vocês, guerreiras!

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  4. Oi Mirtes! Que coração generoso é o seu, minha querida. Tantas lutas e ainda consegue nos levar carinho. Peço a Deus que a abençoe sempre. Ele sabe de sua força e fé ,minha querida. Grande beijo. Feliz semana.

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  5. Enfim!... Momentos de aflição e desânimo... que só quem passa por eles, é que sabe dar o devido valor!...
    Felizmente tudo já passou, Mirtes! E você ultrapassou mais uma dura provação!...
    Um beijinho grande! Desejando a continuação das melhoras de ambas!
    Ana

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