Como é dificil percorrer a vida com cautela. A qualquer erro, pode colocar tudo a perder. Hoje me perguntaram se a crise tinha cedido, creio que sim, mas ainda é cedo para afirmar, ate porque se eu não sei quem saberá. Só o tempo dirá se estou mesmo livre desse sofrimento. Tentando colocar o medo para andar, e aproveitando a folga da minha filha para a vida aproveitar, mas não adianta se precipitar e me prejudicar. Estou no alto e baixo que me faz ser cautelosa, tem horas que penso que já posso continuar, e no instante seguinte tudo volta a me atormentar. Suportar dor é algo que nós deixa a pensar quem não temos nenhum poder sobre a vida ou a morte. Não adianta temer a morte, ela chegará um dia. O que temos que fazer é aproveitar a vida, enquanto se pode viver, porque não tem nada pior do que existir sem viver, passar pela vida sem nada fazer. É melhor morrer mais cedo e não ter medo de viver a vida com amor e prazer. Afinal a vida é algo para se viver, ser feliz e fazer quem amamos vencer, nada como amanhecer o dia a agradecer pela oportunidade de viver e agradecer a Deus pela oportunidade de ser feliz e vencer.
Hoje meus amigos me sentir mais confiante que realmente a crise foi controlada e comecei a suspender as medicações. Vou com cautela, passo a passo, afinal é a minha vida que está em jogo. Primeiro as crises do feocromocitoma, raramente vem iguais, cada crise é diferente, podem ate ter alguns sintomas iguais como dor de cabeça, enjoou, picos hipertensivos, a pressão arterial se mantendo alta durante o periodo da crise e geralmente tem também a insonia. Mas e evolução é sempre algo que não sabemos o que pode ocorrer. Essa crise mesmo, o que predominou e mais me incomodou foi a dor no peito. Veio também uma dor no braço que nunca tinha sentido. Sentir algumas vezes um peso tão grande no peito que pensei que estava infartando rsrs.
COMO AGIR NESSE CRISE DO FEOCROMOCITOMA.
01- Comecei a usar medicação anti- hipertensivas em dosagem máxima.
02- Me conscientizei que não era necessário chegar a sentir dor intensa para usar analgésico e nem ficar as noites em claro.
03- Passei a usar Tramal [ medicação opioide] de horário em 6 e 6 horas junto com o Dramin [ antiemético] para conseguir suportar as náuseas que essa medicação causa.
04- Fiquei em repouso, o que tinha para fazer tinha que esperar.
05- Usei ansiolitico [ Frontal 0,5 mg] para dormir.
06- Tentei me alimentar o maximo que conseguir, a cada vomito, me hidratava.
07- Respeitei as dores, principalmente as dores de cabeça, nos momentos piores fiquei sozinha no quarto silencioso e escuro.
06- Quando sentir melhora dos sintomas, tentei ter lazer.
07- Nos dias que não conseguir sair da cama,tentei deixar a minha mente ocupada, com leituras etc.
08 - Orei muito e escutei muitas musicas religiosas.
09- Nós piores momentos tentei ao maximo lidar com a dor de uma forma mas calma, o que não foi muito facil, com dor a gente só consegue senti-la. Pensar e sentir dor se torna algo impossivel. Mas pelo menos tentei rsrs.
Estou deixando aqui bem guardado, na proxima crise farei a mesma coisa, passo a passo o que fiz nesse crise. Logico que não tenho a ilusão que todas as crises conseguirei controlar dessa maneira, mas não posso deixar de sentir a alegria de ter conseguido superar mas uma crise sem maiores sofrimentos. E hoje comecei a suspender as medicações.
01- Suspendi o Frontal, já estou conseguindo dormir sem medicação.
02- Passei alguns dias usando o Tramal em 6 em 6 horas, hoje tomei em 12 em 12 horas. Amanhá se tudo correr bem, vou suspender e usar se necessário.
03- Diminuir o Minoxidil [ antipertensivo] Estava em alta dose e passei a ter hipotensão.
04- Como ainda estou tendo pico hipertensivo, vou manter as medicações restante como estão.
E vamos que vamos acreditando em dias melhores e agradecendo a Deus por todo a orientação e ajuda que recebi. Sem Deus nem estaria aqui, e com Deus enfrentamos os problemas com coragem. Uma feliz terça- feira a todos e obrigada mais uma vez por todo apoio recebido de todos. Agradeço primeiramente a Deus e a todos que me ajudaram de alguma forma a vencer mais uma crise. A minha filha eu só posso dizer que sem ela não estaria aqui.