SANTY FOI INTERNADA, TIVE MELHORA E PIORA DA CRISE DO FEOCROMOCITOMA.

                         

Boa tarde meus amigos e visitantes. Os últimos dias foram tão sofridos, que nem encontro palavras certas para descrever. Só posso agradecer a Deus mais uma vez pela nosso vitoria, e pela coragem que com certeza absoluta veio do alto, veio de Deus. Já em crise do feocromocitoma, com pressão em valores altíssimos, tive que lidar com o grande sofrimento da minha filha, ao qual chegou no hospital e passou uma noite sentindo dor terrível de cabeça. Eu sei que minha filha é forte, sei que é calada, sei a filha que eu tenho, que so se queixa quando a dor física esta em nível insuportável. Eu estava com ela em um hospital onde tive perdas, onde me despedir de pessoas que amava, onde tive sofrimento cruel e ainda sim eu sei que a parte da neurologia deste hospital é boa, então eu tinha que lidar com meus traumas e procurar da a minha filha o melhor. Ela foi inicialmente para um equipe neurológica que eu não conhecia, logo pela manhã aparece um residente com uma conduta que me assustou e desesperou. Parecia que eu estava no mais profundo abismo. Nem preciso dizer que logo solicitei ao hospital e fui prontamente atendida para que minha filha fosse acompanhada pela equipe de neurologia ao qual foi atendida no outro internamento e deu certo. Quando a equipe voltou a atende-la as coisas logo melhoraram, também solicitei a clinica da dor, e de novo a dor foi controlada. Mas foram dias muito difíceis. Minha pressão arterial aumentou tanto que temi pela minha vida, mas naquele momento a unica coisa que me importava era e é a vida da minha filha. Enquanto isso minha irma inconsciente lutava na uti para sobreviver.  Recebia noticias todos os dias, e eram noticias muitos tristes, ela voltou a consciência mais não falava. Só hoje com minha filha em casa, é que vou poder visita-la na uti pela tarde. Quando coisas muito difíceis acontecem, é o momento de pararmos para refletir sobre o que vivemos e também de recorrermos com toda a nossa fé a Deus, não e momento de se revoltar, e sim de pedi misericórdia e força para enfrentamos tudo com serenidade e paz. Quem vive algo assim sabe que o único que pode nós  da  paz é o nosso Pai amado. E mesmo passando por algo assim, vários outros problemas surgiram, mas eu me concentrei na vida da minha filha, em da a ela o meu melhor. Fiquei com ela no hospital, olhando cada medicação que era administrada nela, com medo das alergias dela, e como o começo foi conturbado, o medo foi muito maior. Mas o medico neurologista que a acompanhou no outro internamento e  neste internamento é muito calmo e nos passou confiança e isso nos ajudou muito. Sabia que minha irmã poderia morrer e eu não poderia nem me despedir dela foi algo também dificil, e o medo de perder minha filha foi algo desesperador e vela com dor e me sentir impotente foi uma das piores experiencias da minha existência. Nem eu sei como conseguir lidar com tanto sofrimento e estresse e sobreviver. Eu chegava ao máximo das medicações anti-hipertensivas e de repente tinha que lidar também com hipotensão, isso no hospital lidando com estresse total e em crise do feocromocitoma. Tive sangramento, vomitei sangue vivo, em uma das vezes, precisei me apoiar na pia, pois fiquei tonta, e sentei no vaso sanitário e rogue a Deus para não desmaiar. Na ultima noite que passei com ela no hospital a dor de cabeça  estava ficando cada vez mais forte e como não dormia tinha que enfrentar a dor física com ainda mais serenidade e força para que ela não percebesse com eu estava mal. Deus é fiel e ela amanheceu melhor e o medico chegou e deu alta a ela e eu apenas disse baixinho obrigada meu Deus pela melhora da minha filha, pois não tinha estrutura alguma de deixa-la sozinha para ceder a minha dor e controlar a pressão no hospital. Minha filha me deu o maior susto da minha vida, o desespero dela ao sentir tanta dor foi algo que nunca mais na vida quero viver, é doloroso demais vela com tanto dor e sem poder fazer nada para aliviar. Encarar tudo isso sem me deixar desesperar foi uma das coisas mais complicadas que fiz nesta existência. Eu conseguir entregar a vida da minha filha a Deus, falar parece fácil, mas é algo devastador. Ela é minha vida, meu tudo, vivo por ela, mas sei que a vida dela pertence a Deus, ele é o dono da vida dela, e eu sei que tenho que aceitar os desígnios e decisão de Deus. Ver minha filha implorando que a dor dela passa-se foi algo que parecia que iria me matar. Prefiro sentir a pior dor existente física do que voltar a ver a minha filha naquele estado, em profundo desespero pela dor física sentida. Durante dias eu olhava pra ele na cama e o meu coração chorava. Mas por fora ela não poderia me ver chorar de forma alguma e eu conseguir me manter dentro do possível controlada. Tinha que cuidar dela e de mim mesma pois sabia se tivesse um avc ou morre-se seria desumano a dor que causaria a ela. Mas, como nada na vida acontece por acaso, nesse mesmo momento de dor extrema, eu fui cuidada por muitas pessoas. Minha funcionaria se manteve o tempo todo ao nosso lado, foi de grande ajuda neste momento. Pessoas próximas nos ajudaram, não precisei me preocupar com minha outra irma que tomo conta, nem com lila, ela foram bem cuidadas. Recebia diariamente mensagem de apoio e carinho de algumas amigas mais próximas. Ate oferecimento de ficar com minha filha para eu ceder um pouco a crise do feocromocitoma eu tive, mas logico não largaria minha filha com ninguém, a não ser se eu não tivesse mais condições nenhuma de saúde. Ate fiz uma agenda de enfermeiras e pessoas capacitadas caso eu passa-se mal ao ponto de não conseguir ficar com minha filha. Mas graças a misericórdia de Deus, deu tudo certo. Estava afundada em muitos sentimentos, medo, angustia, e dor física também. Passei a  agir  num piloto automático, lutando ate contra meus pensamentos negativos e deixando so os pensamentos positivos tomarem conta da minha mente, e logico orava dia e noite e foi assim que conseguir lidar com estes dias terríveis. Eu já estou acostumada a guardar a minha dor no bolso pra cuidar da dor dos outros. Mas quando esse pessoa é a minha filha o desespero é inevitável. Eu sentia a dor dela, não sei quem mais sofria ela ou eu. Eu tentava sossegar a minha mente, e chegou momentos que ate pensei se Deus a levar eu tenho certeza que vai ter misericórdia e me levar também. Foi nesse pensamento louco que conseguir ficar mais tranquila e passar pelos momentos piores. Pois quando pensava na vida sem minha filha batia uma angustia horrível. E neste mesmo período ainda tinha que lidar com o risco de um avc, pois a minha pressão arterial estava alta demais. E quando minha irmã teve a suspeita de ter tido um avc, pois quando voltou a consciência, ficou com os olhos arregalados, sem falar, sofri por ela, e aumentou o medo de também ficar no mesmo estado, presa em uma cama sem nenhuma reação, nem poder expressar a dor, é algo muito triste. Hoje vou visita-la e já estou me preparando psicologicamente para conseguir lidar com meus sentimentos para não agravar o meu estado de saúde. E a melhor forma de conseguir isso é como sempre fiz aceitando os desígnios de Deus. Vocês devem se perguntar se o nosso sofrimento nunca vai acabar, eu so posso responder que a nosso vida pertence a Deus e que todos os dias eu peço que se tiver que sofrer ainda mais que receba forças para aguentar. E se possível for que se afaste da gente mais sofrimento, pois nós últimos meses esta dificil demais, parece que nunca tem fim. Mas nada é eterno, eu creio em um amanhã sempre melhor e espero com paciente a providencia divina que sempre surge. O tempo de Deus não é nosso tempo, no tempo permitido vamos viver dias felizes, mas calmos e serenos, assim eu oro e tenho fé no poder de Deus milagroso e misericordioso.  A todos vocês um carinhoso abraço.  

                               
                                 

O começo do atendimento da minha filha foi dificil, o primeiro plantonista queria ver papeis, histórico medico, calmamente minha filha olhou para ele e disse que fazia acompanhamento la que tinha tudo documentado. Ele respondeu eu quero ver e eu respondi eu sou mãe e a paciente esta dizendo. Mas fora disso ele foi atencioso e tudo transcorreu dentro de limite suportável. Na observação minha filha sentiu dores horrendas, mas todos os médicos foram solícitos. De manhã começou o pesadelo. Aparece um residente sem noção, esse foi um termo para ser educada. Suspende todos os analgésicos, prescreve tilenol ( não é piada, é verdade mesmo) e querendo fazer pulsão. Resolvo ver a prescrição medica e quase não acreditava no que meus olhos estavam lendo.  Eu tinha relatado que minha filha estava em sangramento ativo, e ele tinha prescrevido clevane de 60 mg e outras medicações que eu jamais daria a minha filha sem ter total confiança no medico. Resumindo procurei a assistência social, fui muito bem atendida, uma funcionaria muito educada e humana e foi trocado a equipe para a anterior. No andar chega a outra equipe medica ao qual eu recusei, com este residente anterior presente, fui logo dizendo que a equipe que atenderia a  minha filha era a anterior, não tenho nada contra essa equipe medica, afinal eu sou tive o desprazer de conhecer o residente, mas como mãe logicamente daria o melhor para minha filha e no internamento anterior teve sucesso como teve desta vez também com a equipe da dor que tinha realizado acompanhamento. Um dos médicos ainda disse  que iria deixar a recomendação da minha filha não receber medicação venosa para dor, o que logicamente não foi aceito. A clinica da dor vez o seu melhor e conseguiu ate controlar a dor da minha filha, foi o tempo todo muito educado e prestativo. E a neurologia como da outra vez o medico foi perfeito, dando a minha filha um atendimento de qualidade. Só tenho que agradecer a forma que eles trataram a minha filha. Quanto a outra equipe anterior eu não tenho nada a dizer, não a conheço, como mãe quis que minha filha fosse tratada por médicos que me foi recomendado como sendo os melhores.  O serviço de enfermagem foi satisfatório. Nós trataram com educação e de um forma extremamente humana. Em resumo como dizem o que o que importa é o resultado minha filha esta viva, sem dor e em casa. A todos que nós ajudaram so tenho a dizer Gratidão.