quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
LIDOCAINA NO TRATAMENTO DA DOR EM PACIENTE PORTADOR DE FEOCROMOCITOMA.
LIDOCAÍNA NO TRATAMENTO DA DOR EM PACIENTE PORTADOR DE FEOCROMOCITOMA. RELATO DE CASO
Anita P C Rocha*, Durval C Kraychete, Rioko K Sakata
HUPES - CET - SBA do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, UFBA - Salvador - BA
Avenida Leovigildo Filgueiras, 721, apartamento 721, Garcia - Salvador - BA
Introdução - O feocromocitoma é um tumor de células cromafins normalmente encontrados na medula adrenal e que liberam
catecolaminas, causando hipertensão, cefaléia, palpitações, diaforese, sintomas gastrintestinais, sintomas visuais e dor torá-
cica ou abdominal. No feocromocitoma a dor abdominal é causada por redução do fluxo sangüíneo na musculatura de vísceras
abdominais, com conseqüente acidose tissular, hipoxemia e ativação de nociceptores. O baixo fluxo leva a desmielinização
nervosa e hipersensibilidade visceral. O objetivo deste caso é enfatizar o papel da lidocaína venosa no controle da dor. Relato
do Caso- Paciente do sexo feminino, 31 anos, 50 kg, portadora de feocromocitoma de local não-identificado, diagnosticado aos
17 anos. Foi internada com quadro de dor abdominal na região epigástrica, cortante, de forte intensidade, VAS 10 no pior momento e à admissão, que não cedia ao uso de analgésicos comuns por via oral ou opióide fraco por via parenteral. A dor estava
associada à náusea, vômito, cefaléia e aumento dos níveis tensionais. Tinha história de várias internações anteriores para controle dos sintomas dolorosos e de alergia a diferentes medicações, tais como, morfina, haloperidol, plamet, plasil e zofran.
Encontrava-se em uso de tramadol, profenid e dramin B6, sem controle do quadro álgico. Foi iniciada administração de lidocaí-
na 400 mg ao dia, sulfato de magnésio, gabapentina, topiramato e fentanil, porém a paciente não apresentou melhora do quadro. Oito dias após o internação optou-se pelo aumento da dose de lidocaína venosa para 672 mg ao dia, em infusão contínua, e
houve controle da dor. Apaciente recebeu alta 15 dias após o aumento da lidocaína, sem dor e com orientação para manter uso
domiciliar de topiramato, gabapentina e fentanil. Discussão - Este caso clínico demonstra que os anestésicos locais, através
da estabilização da membrana neuronal conseqüente à inibição do fluxo de sódio, promove redução de descargas neuronais e
controle da dor. Referências - 01. Ferrant FM, Paggioli J, Cherukuri S et al - The analgesic response to intravenous lidocaine in
the treatment of neuropathic pain. Reg Anesth, 1996;82:91-97.
OBS-esse foi o meu caso documentado por eles antes de ter o meu diagnostico topográfico, mas já tinha diagnostico laboratorial e quadro clinico,mas na época sem ter achado a localização,o que só foi localizado pelo pet-scan e cintilografia com mibg em 2005,2006. receptivamente.
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