Dados de identificação:
- Mirtes Stolze.
- Idade; 46 anos. Nascimento: 04/02/1973.
- Plano de saúde Fusex - Exercito.
Doenças atuais:
- Feocromocitoma (Região supra-vesical e tireoide).
- Hipertensão secundária ao feocromocitoma.
- Síndrome da vasoconstricção cerebral reversível.
- Trombose venosa crônica, bilateralmente, nas veias femorais.
- Esgotamento venoso e periférico e central.
- Crise convulsiva tônico- clônica generalizada associada a cianose(associada as crises graves do feocromocitoma.)
- Dislipidemia
- Retinopatia hipertensiva leve
- Esofagite erosiva grau B- Gastrite erosiva plana de antro leve, Lesão elevada gastica; compressão extrínseca ? Afastar epitélio colunar em esófago distal barrett ? resultado da ultima endoscopia digestiva feita em 2011.
Histórico passado:
- Passado de varias pneumonia, com atelectasia laminares, exame de imagem pulmonar- opacidade nodular de 1.0 no segmento apical posterior do lobo superior,indeterminada em 2008, estrias residuais. Ultima pneumonia em 2015.
- Passado de H. pylori-em 2002.
- Passado de endometriose, onde tive dificuldade para engravidar, fiz tratamento com Ladogal e Dimetrose.
- Passado de algumas encefalopatias hipertensivas.
- Passado de brucelose na adolescência.
- Passado de febre frequentes que foi diagnostica na época 2005 como sendo segundaria ao feocromocitoma.
- Passado de cirurgia para lice de aderências,desfeita esta aderência em região próxima ao umbigo com cauterio.
- Passado de sinusite, fiz tratamento .
- Passado de cirurgia para realizando angioplastia venosa seguido de implante de portcath devido a esgotamento venoso periférico e central, e retirado o port-a-cath em 2016 devido a exteriorização do port-a-cath e infecção.
- Passado de hemorragias, sangramentos orais em crise, fiz algumas transfusão sanguínea devido a isso.
- Passado de infecções hospitalares, a ultima em 2015.
- Não relatos todos os exames, mais sim mais significativos. Alguns exames normais não citados abaixo. Aqueles que são repetitivos.
- Cintilografia do miocárdio, 2002 - Hipoperfusão transitória (isquemia) anterior de grau moderado.
- AngioRMN do cranio, 2018- Com afilamento focal do segmento V4 da arterial vertebral esquerda.
- Cintilografia do miocárdio, 2009 - Isquemia posterior discreto
- Cintilografia do miocárdio, 2015. - Normal.
- Holter, 1998. - Depressão do ST. (1 episodio max -2.7mm), (frequência máxima 176), (a condução atrio-ventricular manteve o intervalo PC curto), (foram registrados 142 extra-sistoles isoladas e 61 pareadas), (ritmo sinusal taquicardia predominante com frequência cardíaca media 11 bpm).
- Holter, 2014. - Normal.
- Mapa - Todos alterados.
- Cateterismo, 2003. - Normal.
- Cateterismo, 2012. - Normal.
- ECO transtorácico, 2016. - Ventrículo esquerdo com disfunção diastólica do tipo alteração de relaxamento. Função sistólica global preservada.
- Cintilografia do corpo inteiro com MIBG. - Aumento focal da concentração do traçador na região supra-vesical. Transição abdominal pélvica paramediana direita. Tireoide com grande concentração do traçador, mesmo com bloqueio previa da glândula.
- Pet SCAN do corpo inteiro. - Área hipercaptante em região pélvica.
- Exame Laboratorial e plasmático de catecolaminas. - Positivo para o diagnostico de feocromocitoma.
- Angio RM de artérias renais, 2005. - Ausência de sinas de estenose das artérias renais. Pequeno cisto cortical no rim esquerdo. Nota discreto espessamento pleural posterior bilateralmente.
- Tomografia computatorizada do abdome total, 2014. - Formação hipodensa no parênquima renal esquerdo. Calcificações puntiformes parede anterior uterina.
- Ultrassonografia de mama, 2004. - Linfoma axiliar a direita.
- Tomografia computatorizada do cranio, 2007. - Proeminência de fissuras cerebrais de grau acentuado para a faixa etária.
- Tomografia computatorizada do cranio, 2012. - Ateromatose vascular, sinusopatia fronto-maxilo-emoidal, com níveis líquidos nos seios maxilares.
- Tomografia computatorizada do cranio, 2013. - Cisto de retenção oi polipo no seio frontal direito. Pequena quantidade de material com densidade de partes moles nos seios maxilares.
- Tomografia computatorizada do cranio, 2013. - Desvio do septo nasal para a direita. Concha media bolhosa a esquerda. Espessamento mucoso de ambos os seio maxilares com finas septações no interior do seio maxilar direito. Opacidade arredondada com densidade de partes moles no seio frontal a direita, medindo 0,8 x 05 cm, podendo corresponder a polipo ou sisto de retenção.
- Tomografia computatorizada do cranio, 2014. - Sinais de sinusopatia maxilar etmodial biliteralmente e frontal direta.
- Angiorressonância de vasos intracranianos, 2014.- Hipoplasia/agenesia do segmento A1 esquerdo. Discretas irregularidade parietal do segmento intracavernoso da artéria carótica interna esquerda. Demais achados normais.
- Ressonância magnética do encéfalo, 2017. - Escassas pequena imagens hiperintensas em T2 e Flair na substancia branca supratentorial (alterações microvasculares). Alargamento das fissuras de silvius. Demais achados normais.
- Duplex Scan venoso colorido, 2016. - Trombose venosa crônica, bilateralmente, nas veias femorais, Incompetência valvular da safena magna esquerda.
Em crise do feocromocitoma.
Cefaleia intensa, crise hipertensiva e raras vezes hipotensiva, sudorese, vômitos, e algumas vezes dor epigástrica intensa acompanhada de distensão abdominal e dor precordial. Podendo ocorrer hemorragias, sangramentos orais em crise e crises convulsivas.
Morfina, Dipirona, Fentanil, Plasil, Plamed, Zofran, ranitidina. Também apresenta alergia alimentar a mariscos.
Importante.
Palpação abdominal provoca emergência hipertensiva e agravamento da crise. Em pacientes com feocromocitoma, quem desconhece procure saber. Estimula o tumor; no momento que foi descoberto esse pequeno detalhe pode controlar de uma forma bem melhor as crises.
Em uso de medicações anti-hipertensivas a mais de 20 anos. Em uso de anticoagulante clexane a mais de 7 anos. Em uso de anticonvulsivo Hidantal a mais de 9 anos. Em acompanhamento cardiológico.
Mãe- causa de óbito- Infarto Era hipertensa..
Um irmão com quadro clinico de feocromocitoma, veio ao óbito por hemorragia e falecia de múltiplos órgãos. Morreu ao 44 anos. Era hipertenso.
Segundo irmão- óbito por câncer de laringe em julho de 2013.Óbito irma com 54 anos , causa da morte sobre investigação em janeiro 2014.
Avos materno e paternos, Tios e Tias por óbito de câncer e Avc.
Relação medico - paciente.
O feocromocitoma e suas oscilações sempre me fazem lembrar o passado. O quanto eu sofri com a falta de diagnostico, incompetência e negligencia medica. Logico que compreendo que o feocromocitoma é uma doença rara, e como tal um desafio muito grande para os médicos. Mas hoje eu não estaria aqui se não fosse pela dedicação e empenho de muitos médicos. Esses terão a minha eterna gratidão. Aos que colocaram a minha vida em risco e até que zombaram dos meus sintomas que apreendam a reconhecer que precisam estudar mais e serem mais cuidados pois na medicina não há lutar para imaturidade, insensibilidade. É uma profissão que lida com vidas humanas, tem que existir responsabilidade. Agora eu quero falar, isso é falar mais uma vez do meu medico assistente Dr. Emerson Porto, tive muita sorte e logico a mão de Deus por coloca-lo no meu caminho. Contei e conto com a sua pericia, competência e empenho. Um medico que zela pela vida dos seus pacientes.Venho tendo um tratamento personalizado e individualizado e os resultados foram sendo otimizado ao longos dos anos. Toda doença há evolução, isso independe de todos os cuidados que venho recebendo. Com tantos anos de acompanhamento foi inevitável não criar um vinculo relação medico-paciente com Dr. Emerson, vinculo de muita gratidão e confiança.. Eu não tenho nada a reclamar ou lamentar, pelo contrario eu e minha família somos gratos por tudo que ele vem fazendo por mim. Mas a minha vida primeiramente está nas mãos de Deus quando o meu dia chegar la iriei para o outro lado, quem sabe abraçar aos meus pais, sobrinho, irmãos e irmã. E prestar conta dos meus erros e acertos dessa vida. Enfim eterna gratidão a todos que contribuíram e contribuir para que eu possa viver mais um pouco, ate chega a hora que ao braços de Deus retornar.
Meus amigos e visitantes.
Quando fiz esse blog queria tornar o feocromocitoma uma doença mais conhecida pelas pessoas. E ao contar a minha historia convivendo com o feocromocitoma, pode servir para alguém que esteja na mesma luta minha. Acho que todos os pacientes deve ter conhecimento da sua patologia. Depois me serve muito como um diário virtual, onde coloco para fora meus sentimentos, sintomas, alegrias e tristezas. E como o tempo eu fui conhecendo pessoas, fazendo amizade virtual, onde conheci pessoas especias, que tenho grande carinho e amizade. Quem tem feocromocitoma tem que está preparado mas as oscilações comum dessa patologia. Deve ser encarrados com toda serenidade possível. Quanto mais calma lidamos com as mudanças, mas chance temos de superação. Alguns pacientes com suspeita dessa doença e alguns já com o diagnostico fechando eu conheci através desse blog, e foi e esta sendo uma troca de experiencia. E deixar registrado cada crise, cada sintoma novo e algo que pode vim a ser útil para mim, o que foi usado, conduta realizada, pode nos da a dimensão do problema e evolução. É por isso que eu sempre procuro postar e ir relatando as novidades, sejam ruins ou boas.